segunda-feira, 7 de abril de 2008
A primeira noite
Meus relacionamentos nunca se iniciaram à noite. Agora cá estou frente ao espaço em branco de um blog e me aproximo da meia-noite.Logo eu um homem tosco, nada íntimo das tecnologias e suas possibilidades. Meu gato siamês se aninha aos meus pés, o preto, olhar de gato preto, não acredita no que presencia:"ele está mexendo num blog!" Lambe os beiços, ajeita os bigodes, balança a cabeça e vai dormir embaixo de minha cama. O siamês, que nunca se importou comigo, permanece em seu lugar.
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2 comentários:
Luíz:
belo poema em prosa, ou prosopoema, ou comentário filosófico, ou... blog?! Não: mais que isso. O que prova que, afinal, começaste um relacionamento à noite. E já tem 12 dias esse relacionamento. Levo fé que vá durar, e muito.
Do teu leitor.
Caríssimo Luíz Horácio:
ia esquecendo. Discordo de teu perfil. Cuméquié? "Um homem só"?! Nem que a vaca tussa, com toda essa literatura te acompanhando e, a partir do que escreves, nos fazendo acompanhados. Tu não és um homem, escritor, és uma multidão. E, lembrando o sempre lembrável (nem sempre ultimamente) Maiakóvski: tua anatomia enlouqueceu: és todo coração.
Outro quesito do teu perfil com o qual um leitor teu não pode, em hipótese alguma concordar "e sem explicação"?! De novo é preciso te corrigir acerca de ti mesmo. Eis o que mais nos tens dado, aos que te lêem: explicações, significados, expansão da própria sensibilidade, possibilidades novas do sensorial. Sim, porque NENHUM PÁSSARO NO CÉU, teu segundo e mais recente romance, o que é senão uma infinidade de brechas para as explicações acerca do sortilégio que emana do pampa e a ele nos irmana?
Teu leitor.
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